Antes de começar, peço a todos que lerem um comentário, seja ele um elogio ou uma crítica. Isso me deixaria muito feliz. Sei que o texto pode estar ruim, mas espero que gostem.
‘“Aquela casa (ou melhor, mansão), eu estava novamente naquela casa. Andava pelos corredores segurando em uma das mãos a câmera que mamãe havia deixado para nós (para mim e meu irmão), temia que a qualquer momento algum fantasma pudesse aparecer atrás de mim. Segurava uma lanterna em minha outra mão. Minhas mãos estavam trêmulas, a sorte é que não estava me atrapalhando. Andei mais um pouco, virei num corredor à esquerda e vi uma grande porta, abri e vi uma grande escadaria. Resolvi descer e chegando no meu destino, percebi mais um grande corredor.
Andei mais um pouco até que senti um enorme calafrio e uma presença bem atrás de mim, sentia um vento frio vindo direto na minha nuca, como se fosse uma respiração, me virei lentamente e a vi novamente. Era a mesma mulher com seu kimono preto totalmente rasgado e em seu rosto, ao invés de olhos, havia buracos e o sangue escorria dali, na verdade isso não acontecia, apenas tinha a marca de sangue, deixando bem claro que antes de morrer haviam colocado aquela máscara que tinha pregos na região dos olhos.
Peguei rapidamente a câmera com as duas mãos, posicionei na mulher e tirei uma foto de seu rosto, ela gritou e veio enfurecida na minha direção, tirei mais algumas fotos e ela finalmente sumiu, deixando apenas a impressão de que eu estivera sozinha o tempo todo. Andei mais um pouco e senti meu corpo congelar, aquilo não era possível! Ele estava ali, bem na minha frente, meu querido e amado irmão estava me olhando. Ele parecia estar me convidando para um abraço, um abraço cheio de saudade.
Mas algo me prendia no mesmo lugar, um sentimento de culpa, um sentimento que estava guardado dentro de meu peito há algum tempo. E que tentarei contar rapidamente o motivo daquele sentimento que me sufocava.
Há dois anos meu irmão havia ido numa mansão, verificar sobre o paradeiro de um novelista que havia desaparecido. Após algumas investigações, descobriu que o novelista havia ido para aquela mansão. Meu irmão, como disse no início, foi para lá e também havia desaparecido. Decidi ir atrás dele, eu nutria um sentimento muito forte pelo meu irmão, sempre fomos muito unidos. Desde criança eu via e ouvia coisas que ninguém podia e ele era o único que me apoiava, que me ouvia e que não me tachava de louca.
Então assim que eu notei que ele havia sumido, procurei qualquer coisa que me desse alguma pista e descobri que ele havia ido para aquela mansão. Já na mansão descobri que os morados faziam coisas terríveis lá. Uma delas é que eles pegavam uma garota “pura”, colocavam em uma grande pedra, amarravam os membros superiores e inferiores, amarravam também no pescoço, finalmente amarravam as outras pontas em bois e faziam os mesmos puxarem os membros da garota. Isso era conhecido como o “Ritual de Estrangulamento”.
Um dia os rituais deram errado e o chefe matou a família inteira, se matando depois. Fazendo com que ali nascesse uma maldição e por várias vezes os fantasmas me atacavam, só conseguia vencê-los graças à câmera de minha mãe. Essa câmera “selava” os espíritos. E quanto mais eu adentrava na mansão, mais eu descobria sobre eles e constantemente via meu irmão.
Na quarta noite, quando eu já sabia de tudo, finalmente estava na hora de colocar o espírito mais revoltado para descansar em paz, seu nome era Kirie (uma mulher). Depois de algumas fotos (pra não dizer várias), finalmente havia terminado e consegui me salvar. Infelizmente falhei na missão de salvar meu irmão, deixando-o para trás naquela mansão.
A partir daí comecei a criar um sentimento de culpa. Eu havia sobrevivido e meu amado irmão foi deixado para trás. E naquele momento ele estava na minha frente, me olhando com olhos tão convidativos...
Virou de costa para mim, continuando seu caminho, me deixando ali, sozinha, sem mais ninguém. Foi nesse momento que eu finalmente comecei a correr até ele e decidi me juntar a ele e dessa vez para sempre.’”
- Diário de Miku Hinasaki.
3 comentários:
O.O!!! Como assim? Não entendi! Ela se matou? Ele a matou e ela sabia? :(
Ela se matou ^^'. Adoro finais felizes, mas às vezes tem que ter um final triste.
Esse final tocou no kokoro :3
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